7 de outubro

Como fazer um bom planejamento de aposentadoria?

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O planejamento de aposentadoria é um instrumento essencial para quem busca tranquilidade e segurança no futuro. Com ele, você tem a oportunidade de traçar um caminho que assegure sua qualidade de vida e estabilidade financeira quando decidir encerrar suas atividades profissionais.

Antecipar as necessidades e organizar seus recursos é uma forma de se preparar para lidar com mudanças e desafios que podem surgir nessa fase. Além disso, o planejamento permite buscar o padrão de vida desejado e ter a liberdade de aproveitar melhor o tempo livre na maturidade.

Quer aprender a fazer um planejamento de aposentadoria completo, eficiente e ajustado às suas necessidades? Continue a leitura e veja como elaborar o seu!

O que é o planejamento de aposentadoria?

Antes de aprender a fazer o planejamento de aposentadoria, é importante entender o que é esse instrumento. Ele consiste em um processo estratégico que visa garantir uma transição financeira segura e confortável para o período após o trabalho ativo.

A partir de uma análise de diversos fatores, você identifica o que é necessário para manter o estilo de vida desejado quando deixar de receber a sua renda ativa.

Os principais aspectos a avaliar incluem:

  • suas necessidades financeiras futuras;
  • quanto você precisa acumular para viver com tranquilidade;
  • o que esses objetivos demandam para serem atingidos.

Vale destacar que o planejamento de aposentadoria é diferente do planejamento previdenciário. O segundo é focado na aposentadoria pública, paga aos contribuintes pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

No planejamento previdenciário, um profissional — em geral, um advogado especializado em direito previdenciário — avalia a situação do contribuinte. Ele analisa toda a trajetória do segurado para identificar a melhor forma de obter o seu benefício.

Portanto, o processo é mais restrito. Por outro lado, o planejamento de aposentadoria é um conceito amplo, que pode abranger o benefício público, mas também inclui outras fontes de recursos.

Por que é importante se planejar?

Após entender o que é o planejamento de aposentadoria, você precisa ter clareza sobre a relevância de se preparar para encerrar as suas atividades profissionais.

Veja os principais pontos a serem considerados sobre o tema!

Estabilidade financeira no futuro

O principal fator a analisar na hora de planejar a aposentadoria é a estabilidade financeira desejada para o futuro. Como você viu, o instrumento proporciona a oportunidade de definir a renda desejada após encerrar as suas atividades profissionais.

Dessa maneira, você tem a chance de se programar para ter finanças mais estáveis e adequadas às expectativas. Como resultado, existe a possibilidade de manter o padrão de vida esperado no longo prazo.

Proteção contra dificuldades

Ter uma renda estável vai além da possibilidade de gastar o dinheiro como desejar. O planejamento de aposentadoria busca oferecer segurança para lidar com eventuais dificuldades financeiras, tendo em vista que seu custo de vida pode aumentar nessa fase.

Ele é afetado por fatores como inflação, emergências de saúde ou mudanças no estilo de vida. Assim, preparar-se adequadamente ajuda a evitar passar por grandes dificuldades diante de situações imprevistas.

Com um plano bem estruturado, há maior chance de obter uma situação financeira capaz de atender às suas necessidades na maturidade. Logo, você tende a ficar mais protegido e tranquilo em eventuais situações desafiadoras.

Ainda, vale observar que a Previdência Social, mantida pelo Governo Federal, está sujeita a mudanças fora do controle do contribuinte. Consequentemente, alterações no benefício podem afetar os aposentados e prejudicar as suas finanças.

Garantia da qualidade de vida

Um ponto relevante sobre a maturidade é que geralmente surgem necessidades diferentes, que demandam investimentos de tempo e dinheiro. Por exemplo, a saúde costuma exigir mais atenção, requisitando acompanhamento médico mais frequente.

Outro fator que deve ser considerado é a estruturação de um ambiente seguro e confortável. Pode ser recomendável fazer adaptações em casa, como a instalação de equipamentos para mobilidade, modificações no banheiro e outros ajustes para acessibilidade.

A antecipação desses aspectos a partir de um planejamento adequado favorece a qualidade de vida. Com os recursos financeiros, você consegue investir nos cuidados com a sua saúde e garantir as condições para manter as suas atividades diárias.

Redução do estresse e incerteza

O planejamento de aposentadoria contribui para reduzir o estresse e a incerteza em relação ao futuro financeiro. Quando você calcula quanto precisa acumular e investir ao longo dos anos, é possível ter uma visão clara do valor que necessitará no futuro e como alcançá-lo.

O controle proporciona uma sensação de segurança financeira, pois você sabe que está se preparando para cobrir suas despesas, sem ficar sujeito a fontes incertas de renda. Do mesmo modo, um planejamento eficaz reduz o estresse e a incerteza ao se aposentar.

Afinal, você tem ciência da possibilidade de ter recursos suficientes para cobrir o seu estilo de vida. Nesse caso, continuar a exercer atividades remuneradas passa a ser uma escolha e não uma necessidade.

Maior liberdade na maturidade

A aposentadoria pode ser uma oportunidade de realizar diversas atividades devido à tendência de ter mais tempo livre. Com a segurança financeira proporcionada pelo planejamento, você tem mais liberdade para fazer o que deseja — sem que a falta de dinheiro seja um impedimento.

Esse costuma ser um bom momento para se dedicar a hobbies, viagens ou mesmo um novo projeto de vida. Não se esqueça de que atividades do tipo contribuem para o prazer, a qualidade de vida e a saúde mental na aposentadoria.

Quais são os riscos de não fazer um planejamento de aposentadoria?

Você aprendeu a relevância de fazer um planejamento de aposentadoria, mas também é válido considerar os riscos de ignorar o instrumento. Como visto, um dos aspectos mais significativos do processo é que o benefício obtido pela Previdência Social é incerto.

Pode haver dificuldades no seu recebimento ou mudanças nas regras. Ainda, existe a possibilidade de que a quantia obtida seja inferior ao seu salário ou insuficiente para o padrão de vida desejado para essa fase.

Logo, ao ignorar o planejamento, você fica exposto a dificuldades e limitações na vida financeira. Em muitos casos, há o risco de ser necessário continuar exercendo atividades remuneradas para cobrir as suas despesas.

Nesse contexto, o seu plano individual pode complementar o benefício do INSS. Afinal, traçar uma jornada rumo à tranquilidade financeira no futuro é uma forma de ter mais segurança e evitar diversas dificuldades.

Quando começar a se planejar para a aposentadoria?

Quando o assunto é planejamento de aposentadoria, uma dúvida muito comum é sobre a hora certa de se preparar. O melhor momento para começar a se planejar para a aposentadoria é quanto antes.

O motivo é que, ao iniciar o seu planejamento mais cedo, você ganha mais tempo para acumular recursos, investir de maneira eficiente e garantir uma aposentadoria tranquila e segura. As pessoas que se antecipam têm a oportunidade de acumular um patrimônio maior.

Além disso, ter tempo para alcançar o seu propósito faz com que os aportes não precisem ser tão elevados, podendo ser conciliados com outras metas para prazos menores. Adicionalmente, os investimentos são beneficiados pela ação do tempo.

Na renda variável, você conta com a possibilidade de diluir os efeitos da volatilidade e o potencial de ganhos mais elevados. Já os investimentos em renda fixa podem ser impulsionados pelos juros compostos — gerados sobre a rentabilidade das alternativas.

Em prazos maiores, o resultado tende a ser exponencial. Porém, embora seja ideal começar o quanto antes, o momento exato de iniciar o planejamento costuma depender de cada pessoa.

Se você está começando a sua vida profissional ou está na fase inicial da carreira, esse tende a ser o momento ideal para começar a se planejar. Para quem passou dos 30 ou 40 anos, ainda é possível criar um plano de aposentadoria eficiente.

Mesmo que você já tenha algumas décadas de trabalho, começar um planejamento agora pode fazer uma grande diferença no futuro. Mas tenha em mente que cada etapa demanda adotar uma estratégia diferente, ajustando suas economias e investimentos conforme o tempo disponível até a aposentadoria.

Como fazer o planejamento de aposentadoria?

Com a leitura até aqui, você conheceu aspectos relevantes do planejamento de aposentadoria. Agora é o momento de ver como elaborar o seu plano, na prática.

Confira, a seguir!

Faça uma análise das suas finanças

O primeiro passo para o planejamento de aposentadoria é analisar a sua situação financeira do momento. Você deve conhecer o seu patrimônio líquido, pois ele revela como estão as suas finanças.

O cálculo identifica quais são os seus bens, subtraindo as dívidas. A fórmula é simples: basta somar todos os seus ativos, por exemplo, os bens tangíveis — imóveis, veículos etc. — e os intangíveis, como os investimentos. Desse valor, subtraia as dívidas.

O resultado é o seu patrimônio líquido, que permite entender mais sobre o seu momento financeiro. O próximo passo é avaliar a sua capacidade de geração de receita. Para tanto, você deve calcular quanto ganha, considerando as diversas fontes de receita que pode ter.

Elas incluem o salário, investimentos e outras atividades. A informação serve como base para determinar quanto você consegue poupar e investir para o futuro. Do mesmo modo, você precisa conhecer os seus gastos.

As despesas estão distribuídas entre fixas, como aluguel e financiamento, e variáveis, como alimentação e lazer. Ainda, avalie as suas dívidas — como empréstimos e financiamentos — e o impacto delas no orçamento mensal.

A análise é o ponto de partida para a elaboração de um planejamento de aposentadoria e de uma reorganização do uso do dinheiro, se for necessário. Assim, as suas metas se tornam mais realistas e você consegue definir os possíveis resultados para o longo prazo.

Garanta a reserva de emergência

Se você ainda não tiver uma reserva de emergência, é preciso providenciá-la para ter sucesso em seu planejamento de aposentadoria. Ela corresponde a, pelo menos, seis meses do seu custo de vida, sendo fundamental para ter mais segurança financeira em todas as fases da vida.

Após fazer a análise das suas finanças, como visto, você saberá de quanto precisa para manter o seu custo de vida mensal — então basta multiplicar a quantia por seis. Com uma reserva de emergência garantida, evita-se prejudicar o planejamento se ocorrer um imprevisto.

Afinal, se houver a necessidade de um gasto não programado, você pode ter que usar o dinheiro destinado a outros planos — ou contrair uma dívida. Possuir o fundo de emergência evita precisar alterar a sua rota rumo aos objetivos, mantendo a constância dos bons hábitos.

É interessante que a reserva seja alocada em um investimento seguro e de liquidez diária. Assim, você não deixa a quantia exposta ao risco de ter prejuízo e tem a possibilidade de resgatar o montante com facilidade se surgir a necessidade.

Defina os objetivos para a aposentadoria

Ter sucesso em seu planejamento de aposentadoria demanda definir os seus objetivos. Esse é o momento de determinar quanto dinheiro você precisa ter disponível para se aposentar com tranquilidade.

Existem diversos caminhos para ter os recursos desejados nessa fase da vida. Mas um plano eficaz exige ter clareza dos resultados pretendidos. Em primeiro lugar, você entendeu que deve definir a quantia necessária para manter o seu padrão de vida, certo?

Não se esqueça de considerar as novas demandas que tendem a surgir com o avanço da idade. Os objetivos também precisam considerar quando você pretende se aposentar para estipular o prazo disponível para acumular os recursos.

Verifique outros fatores relevantes para o planejamento, como a forma de recebimento dos recursos da aposentadoria. Ainda, faça uma projeção considerando a inflação, pois ela impacta o seu poder de compra.

Entenda melhor sobre como ajustar o planejamento de aposentadoria conforme a inflação!

Ajustando o planejamento pela inflação

A inflação é um aspecto que deve ser observado em planejamentos de longo prazo. Por exemplo, tenha em mente que se R$ 10 mil disponíveis todos os meses hoje seriam suficientes para cobrir o seu estilo de vida, no longo prazo, a quantia pode não suprir suas necessidades.

Não há como determinar a variação da inflação no futuro, mas existem estratégias para lidar com seus efeitos. Uma possibilidade é fazer a revisão constante, em que você atualiza o montante a ser acumulado e a quantia a ser poupada conforme a variação.

Imagine que o seu plano inicial é acumular R$ 1 milhão. Após um ano do planejamento, a variação da inflação foi de 5%. Nesse contexto, você deve acrescentar 5% (R$ 50 mil) à sua meta para que ela ainda corresponda ao padrão de vida desejado.

Do mesmo modo, o percentual deve ser acrescentado ao aporte mensal. O planejamento é um instrumento dinâmico, que deve ser revisado periodicamente para permanecer adequado às suas necessidades.

Verifique as possibilidades da Previdência Social

Você viu que a Previdência Social pode não ser suficiente para garantir as condições de vida desejadas no futuro. Contudo, o benefício público ainda é relevante e capaz de oferecer algum nível de segurança após o encerramento das suas atividades remuneradas.

Assim, na hora de fazer o seu planejamento, vale a pena considerar as suas possibilidades de aposentadoria pelo INSS e fazer as contribuições previstas. Some o valor aos demais para projetar a quantia que você poderá acessar no futuro.

Para tirar as dúvidas sobre o tema e auxiliar a ver as suas opções com mais clareza, uma alternativa é procurar um profissional especializado. Ele também ajudará a fazer os cálculos necessários para estimar o valor a receber.

Determine de quanto será o seu aporte regular

Os passos anteriores oferecem as bases para chegar à quantia a ser poupada e investida regularmente para buscar os resultados desejados. Nesse momento, você sabe o montante que precisa acumular, o prazo disponível e a sua situação financeira.

Com as informações em mãos, o próximo passo é determinar quanto aportar regularmente para alcançar a meta de aposentadoria. Para definir o valor, realize estudos e simulações até encontrar a estratégia mais adequada.

Seja realista, definindo um caminho viável para a sua situação. O dinheiro mensal destinado à aposentadoria deve caber no seu orçamento sem comprometer suas despesas diárias e outros objetivos.

Caso perceba que o valor necessário é alto demais para a sua condição atual, vale a pena ajustar o planejamento. Considere estratégias como redefinir a meta, aumentar o prazo de acumulação ou revisar os investimentos.

Outra abordagem viável é começar com aportes menores e, conforme sua renda aumentar ao longo dos anos, elevar também o valor poupado. Desse modo, mesmo em momentos financeiros mais desafiadores, você continua investindo no seu futuro.

Trata-se de um trabalho que deve ser adaptado à sua capacidade financeira ao longo do tempo para que não se torne inacessível ou desgastante. Ainda, mantenha o compromisso com a regularidade dos aportes.

A consistência é essencial para o sucesso no planejamento de aposentadoria. O motivo é que aportes regulares — mesmo pequenos —, combinados com o efeito do tempo, podem gerar resultados expressivos no longo prazo.

Identifique os ajustes financeiros necessários

Ao determinar a quantia a ser destinada regularmente para sua aposentadoria, talvez você perceba a necessidade de realizar ajustes para tornar o planejamento viável. No processo, pode ser que os valores que você pretende poupar não se encaixem no seu orçamento atual.

Isso é comum e pode ser resolvido com algumas adaptações. Uma estratégia é começar revisando suas despesas. Analise seus gastos mensais para identificar áreas em que existem brechas para economizar.

Algumas possibilidades são reduzir despesas supérfluas, renegociar contratos de serviços ou ajustar hábitos de consumo. Pequenas economias diárias conseguem somar valores maiores no longo prazo, aumentando a quantia disponível para os aportes.

Além da redução de despesas, considere a liquidação de dívidas, especialmente aquelas com juros altos. As obrigações podem comprometer grande parte do seu orçamento, dificultando o acúmulo de patrimônio para a aposentadoria.

Quitar dívidas libera mais recursos para investir, além de evitar o efeito negativo dos juros em suas finanças. Outra possibilidade é buscar formas de aumentar sua renda, logo, veja oportunidades para ampliar os ganhos regulares.

Invista o dinheiro em alternativas adequadas

Você já sabe que os investimentos são importantes no planejamento de aposentadoria, não é mesmo? Mas vale a pena entender melhor como o hábito de investir contribui para alcançar os seus objetivos.

O foco no mercado financeiro é fazer o seu dinheiro trabalhar para você, aproveitando o potencial de valorização ao longo do tempo. Como mencionado, um dos fatores a serem considerados na hora de organizar as finanças é a inflação, que corrói o seu poder de compra.

Pensando nisso, você tem a possibilidade de elaborar uma estratégia de investimentos que busque superar os indicadores de inflação, proporcionando ganho de capital real. Ademais, os rendimentos obtidos em um portfólio elaborado de forma inteligente e adequada ao seu caso permitem acelerar os seus resultados.

Existem diversas alternativas com características distintas, que podem ser adequadas ao seu perfil e objetivos de aposentadoria. Portanto, estude mais sobre o mercado financeiro e invista as suas economias, aproveitando o potencial de rentabilidade.

Como investir com foco na aposentadoria?

Você aprendeu a realizar o seu planejamento de aposentadoria e viu que os investimentos têm um papel relevante nos resultados. Então é válido saber como investir com esse foco.

Acompanhe!

Conheça o seu perfil de investidor

O primeiro passo para realizar operações de forma consciente é conhecer o seu perfil de investidor. A classificação revela a sua tolerância aos riscos do mercado financeiro.

Os perfis podem ser:

  • conservador: prioriza segurança, logo, evita riscos e busca investimentos mais estáveis;
  • moderadoequilibra segurança e rentabilidade, aceitando algum nível de risco para aumentar os ganhos;
  • arrojado: está disposto a correr mais riscos em busca de retornos mais elevados.

Investir de acordo com o seu perfil mantém as suas escolhas alinhadas às expectativas no mercado financeiro. Por exemplo, um investidor conservador pode ficar ansioso ao investir em ativos de alto risco ou sujeitos a grandes variações.

Por outro lado, um perfil mais arrojado tende a perder oportunidades e se frustrar com investimentos excessivamente conservadores. O equilíbrio e o ajuste à tolerância são fundamentais na hora de investir pensando no planejamento para aposentadoria.

Estude as alternativas

Fazer uma alocação eficiente demanda conhecer as alternativas disponíveis e o seu funcionamento. A compreensão proporciona uma visão mais clara sobre como os ativos se comportam e como eles podem contribuir para a estratégia.

Desse modo, a alocação se torna mais inteligente, capaz de minimizar o risco de perdas e maximizar o potencial de retorno. Com o estudo, você identifica os investimentos mais adequados às suas necessidades e consegue estruturar uma carteira estratégica.

Diversifique a carteira

A diversificação é uma estratégia muito usada nos investimentos por buscar evitar que o seu desempenho dependa de apenas uma condição de mercado. Ter diferentes alternativas no portfólio permite equilibrar os resultados, procurando manter uma relação eficiente entre risco e retorno.

Considere que enquanto alguns ativos estão em queda, outros podem valorizar, equilibrando o desempenho geral da carteira. Ainda, quando você distribui seus recursos entre diferentes classes de ativos, setores ou regiões geográficas, os efeitos da exposição aos riscos tendem a ser diluídos.

Dessa forma, você aumenta a chance de a desvalorização de um ativo não ter um impacto tão significativo no valor total da sua carteira, proporcionando maior estabilidade ao longo do tempo. Além disso, a estratégia permite aproveitar oportunidades de mercado distintas.

Mas vale destacar que a diversificação não significa simplesmente distribuir os investimentos de maneira aleatória. A alocação deve ser feita de forma consciente e analítica, considerando o seu perfil de investidor, as correlações entre os ativos e os objetivos financeiros de longo prazo.

Quais são as alternativas de investimentos para aposentadoria?

Após aprender sobre a importância de incluir investimentos no planejamento de aposentadoria, é o momento de conhecer alternativas que costumam atender à estratégia.

Confira exemplos que podem contribuir para a sua carteira pensando na aposentadoria!

Títulos de renda fixa

A renda fixa é uma classe de investimentos que tende a oferecer mais estabilidade ao portfólio. Suas alternativas funcionam como operações de empréstimo, nas quais você é o credor. Assim, você aplica o seu capital e o recebe de volta após determinado prazo, com o acréscimo de juros.

A regra da remuneração do investimento é definida no momento do aporte, podendo ocorrer de três formas:

  • prefixada: o investimento rende uma taxa de juros fixa;
  • pós-fixada: a aplicação tem a rentabilidade atrelada a um índice de mercado, como a taxa Selic;
  • híbrida: o rendimento segue um indicador de mercado — por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — mais uma taxa fixa.

Na renda fixa, existem alternativas com diferentes características em termos de prazo, liquidez e rentabilidade. Quanto à segurança, alguns títulos privados contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que ressarce o investidor em caso de inadimplência do emissor.

A cobertura é de R$ 250 mil por Cadastro de Pessoa Física (CPF) e instituição financeira, com teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos. Em títulos privados sem a garantia, vale a pena fazer uma análise do rating do emissor.

Alguns exemplos de títulos privados são o certificado de depósito bancário (CDB), a letra de crédito imobiliário (LCI) e a letra de crédito do agronegócio (LCA), assim como as debêntures. Além deles, existem os títulos do Tesouro Direto, que são públicos, emitidos pelo Governo Federal.

Eles têm a garantia do Tesouro Nacional, sendo considerados os mais seguros do mercado. Inclusive, a plataforma lançou, em janeiro de 2023, o Tesouro RendA+, que tem foco no longo prazo e pode contribuir para o planejamento de aposentadoria.

Ações

As ações são investimentos de renda variável, ou seja, não existem garantias quanto aos seus resultados. Nesse caso, o investidor estabelece uma relação de sociedade com a companhia emissora dos papéis, compartilhando o seu desempenho — que pode ser de lucro ou de prejuízo.

No entanto, no longo prazo, o tempo costuma diluir os efeitos das oscilações dos ativos. Logo, se o investimento for realizado a partir de uma análise adequada das ações, existe a chance de ter resultados com a sua valorização ao longo do tempo.

Ainda, os papéis das empresas podem proporcionar o recebimento de proventos, como os dividendos. Eles são uma distribuição de parte dos lucros da companhia entre os seus acionistas, sendo proporcional à quantidade de ações na carteira.

Caso deseje, você tem a possibilidade de elaborar uma estratégia focada em empresas que sejam boas pagadoras de dividendos e buscar uma renda passiva regular no futuro. Mas lembre-se de que a distribuição de proventos também não é garantida.

Fundos imobiliários

Assim como as ações, os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) fazem parte da renda variável, não oferecendo garantia de resultados. Eles funcionam como condomínios financeiros, reunindo recursos de diferentes investidores em um portfólio compartilhado.

Um gestor profissional faz a alocação dos ativos, a partir das estratégias e políticas do fundo. O investidor participa pela aquisição das suas cotas, tendo resultados proporcionais à quantidade detida.

A particularidade dos FIIs é que eles focam em alternativas atreladas ao setor imobiliário. De maneira semelhante às ações, esses fundos podem gerar retorno pela valorização das cotas ou pelo pagamento de dividendos.

Esse tipo de veículo é obrigado a distribuir semestralmente, no mínimo, 95% dos seus lucros entre os investidores na forma de dividendos. Portanto, trata-se de uma alternativa buscada com frequência por quem deseja ter uma renda passiva regular.

Previdência Privada

Por fim, vale a pena apontar a Previdência Privada como uma possibilidade de investimento para o planejamento de aposentadoria. Ela costuma ser escolhida com esse objetivo, também sendo chamada de Previdência Complementar.

O investimento é focado no longo prazo, dividido em duas fases: acumulação e usufruto. Na primeira etapa, o investidor aporta os seus recursos e acumula um patrimônio. O dinheiro é alocado pela administradora, conforme a estratégia escolhida na hora da contração do plano de Previdência.

O segundo momento é o recebimento do capital. Ele pode ocorrer de diferentes formas, à escolha do investidor. É possível receber todo o dinheiro de uma vez, em parcelas por período determinado ou em parcelas vitalícias.

Cabe destacar que o investimento consegue se adequar a diferentes estratégias e perfis. A Previdência tem a possibilidade de explorar tanto alternativas de renda fixa quanto de renda variável conforme cada situação. Assim, ela é uma opção flexível e relevante para o plano de aposentadoria.

Neste conteúdo, você aprendeu a elaborar um planejamento de aposentadoria, além de conhecer alternativas de investimentos para esse objetivo. Faça uma análise da sua situação financeira e comece a se preparar para o futuro agora mesmo.

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Este material não tem relação com objetivos específicos de investimentos, situação financeira ou necessidade particular de qualquer destinatário específico, não devendo servir como única fonte de informações no processo decisório do investidor que, antes de decidir, deverá realizar, preferencialmente com a ajuda de um profissional devidamente atualizado, uma avaliação minuciosa do produto e respectivos riscos face aos seus objetivos pessoais e à sua tolerância a risco (Suitability).